A história não é lá um clássico, mas foi muito bem amarradinha! Tudo se encaixa, sem fugir desesperadamente da realidade. Uma Índia humana, cheia de pecados e glórias e pessoas tão reais quanto eu e você são mostradas durante todo o longa. Gente que ama, que chora, que erra porque quer, porque precisa, que se arrepende, ou não. Enfim...
Agora pausa para os atores. Senhor Jesus, tem gente boa na Índia também! rs Coisa mais gostosa da tia aqueles cotocos de gente se safando pra sobreviver, dandos seus pulos e ainda assim cheios de vida. E como eles atuam bem! As expressões de felicidade e tristeza eram percebidas no olhar, sem precisar de sorrisos ou lágrimas. Já maiorzinhos eu nem achei lá graaaandes coisas (é porque no fundo, no fundo, me encomodou um pouquinho de nada aquele menino bundão apaixonado pra sempre, mas... rs). A Freida Pinto é um absurdo de linda, aquela estrupícia (a inveja corroe!)!
Teve até direito a dancinha no final! Adoro essas coisas adolescentes! É que eu ainda estou me acostumando com a trasição, minha gente! rs
Há quem diga que é uma pasteurização da cultura indiana, que é uma imagem ilusória e deturpada, mas diga-me: que filme não faz assim?
O Brasil não é só pobreza nordestina e beleza carioca; os Estados Unidos não são só galmour, patriotismo e a eterna guerra entre negros e brancos; a Espanha não é só guitarra espanhola, homens sedutores e bela arquitetura e muito menos a África é um lugar perdido, cheio de aidéticos e gente morrendo de fome.
Então, parem de encher a paciência alheia com essa hipocrisia, e assistam. Vejam como algo fictício, como ele foi feito pra ser.
Afinal, oito Oscar´s não é pra qualquer um, honey!
'Se gostar, descasque essa idéia!