domingo, 29 de agosto de 2010

Casuarina é só amor!

Quando a Natasha me diz que um samba é bom, eu tenho lá minhas dúvidas... Afinal, a Nath é expert em sertanejo, em pagode, funk... Mas em samba? rs Dessa vez eu tive que dar a mão a palmatória! Ela já vinha nutrindo um amor pelo Casuarina já fazia um tempo. E eu na minha ignorância, não sabia nem quem era! Mas depois de algumas tuitadas dela, resolvi ceder e fui pro youtube. APAIXONEI! rs Sou casuarina desde criancinha!

Criado em 2001, o grupo é a revelação no samba dessa nova geração. Preocupados em resgatar as raízes desse ritmo genuinamente brasileiro, trabalhando músicas de grandes compositores que há muito estavam largadas por aí, e em mostrar o que há de novo, Daniel Montes, Gabriel Azevedo, João Cavalcante, João Fernado e Rafael Freire fazem um trabalho espetacilar. Não é por menos que já foram duas vezes indicados ao prêmio Tim e levaram o prêmio Rival BR.Participações em projetos, como Um Barzinho e um Violão e Samba Social Clube colocou a banda em contato com grandes nomes e com um público bem maior. 

Com três cd's lançados nesses oito anos de carreira, eles alcançaram o Brasil com o lançamento do MTV Apresenta: Casuarina, que contou com a participação de grandes nomes da música brasileira: Paulinho Moska, Frejat, Banda Moinho, Roberto Silva e Wilson Moreira e um repertório incrível! Dorival Caymmi baixou por lá pra mostrar que o samba é nosso (baiano, sim senhor!) e eles dividiram Rosa Morena com a Banda Moinho. Eu sou apaixonada com Disritmia e achei O Dia se Zangou de uma graça! O dvd tem 23 músicas muito bem cantadas e todas viciantes!  


"Vem logo, vem curar teu nego, que chegou de porre lá da boemia!"

E a cada música que passa, o João Cavalcante tá ganhando nossos corações! #juro

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Imaginando o imaginário...

Ontem fui matar a curiosidade e finalmente assisti ao tão comentado "Imaginário Mundo do Dr. Parnassus". Muito borburinho entorno do filme, afinal, Heath Ledger morreu no meio das gravações; a situação foi contornada com Jhonny Depp, Colin Farrell e Jude Law (apenas!) e a história é misteriosa e fantasiosa ao máximo possível. Não dava pra não conferir! 

Prometo não contar a história e o final, como SEMPRE faço, e o Vitor sempre briga! rs

Visualmente falando, é um dos filmes mais incríveis que já vi. Trabalha com o contraste das cores e N paletas diferentes, cada uma característica de uma situação, de momentos... As locações vão do lixão ao mais luxuoso teatro em questão de segundos e nada fica destoante. Ainda que soe estranho, cada coisa se encaixa perfeitamente. O mundo imaginário é tão imaginário, que nele tudo remete ao exagero, ao grotesco e ao desenho animado. O real o é de tal forma, que a dor, a pobreza, a confusão se instalam em quase todas as cenas. 

O elenco, aos meus olhos, parece ter sido escolhido a dedo. Heath em excelente atuação. nos convence de que é uma pessoa perturbada, cheia de conflitos, ávida por mais dinheiro e poder. Seu desfalque no elenco, parece ser mais planejado do que qualquer coisa, já que a solução encontrada se encaixou tão bem no roteiro. Na primeira transformação que Tony (Heath) sofre, eis que surge Jhonny Depp (é e-xa-ta-men-te nesse momento que meu coração para!), com todo seu charme, como um galante aproveitador. Da segunda vez, Jude Law aparece, sem grandes acréscimos, digo eu. E por fim, Colin Farrell, que me surpreendeu ao se mostrar mais ator do que nunca. Não sei se foi todo o charme de Ledger, a simples existência de Depp, a insignificância de Law (na minha humilde opinião) e a sensualidade de Farrell, que deu um tom peculiar ao personagem e o fez cair em minhas graças!

Ainda no quesito elenco, Lilly Cole é jovem, linda e iniciante (na vida, na profissão...), assim como sua personagem, Valentina - e ela é ruiva, gente! RUIVA! A boa menina que está está se descobrindo, descobrindo o amor e a sexualidade. Lugar comum no cinema, mas dessa vez muito bem explorado. Seu pai, Parnassus (Christopher Plummer), sempre muito atormentado e bêbado, mostra a decadência de se querer tudo e vender a alma ao diabo - literalmente - para conseguir o que quer. O Diabo? Ora, é sempre o diabo. Diabólico, traçoeiro, enganador e feio. Dessa vez era piadista também! Outro que conquistou meu coração, e o de Valentina também, foi Andrew Garfield, no papel de Auton. Tão fofo, tão disposto a tudo pela amada, tão querendo colo... E porque os anões são tão rabugentos, hein? Precy, brilhantemente interpretado por Verne Troyer, tem as melhores tiradas e um ego três vezes maior que seu tamanho! rs 

Em questão de história, eu a esperava mais resumida; algo mais enxuto. Mas a lenga lenga na qual ela se desenrola não atrapalhou em nada o andamento do filme e seu efeito final sobre mim: um filme divertido, criativo, excêntrico e fora desse clichê hollywoodiano... Ainda há vida que anseia por espaço nesse mundo cinematográfico. Falta só gente de cacife que acredite, invista e banque. 

Muitos Tony's

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Boas ideias dão resultado, ora pois!

Dizem as más línguas que os publicitários são os advogados do Diabo na Terra. Quem sou eu para duvidar ou questionar... Mas é inegável que alguns deles, instruídos pelo Belzebu, ou não, desenvolveram uma puta criatividade e conseguem fazer um trabalho digno de admiração! E olhe que para uma jornalista admitir isso não é tão fácil assim. Porque se economicamente jornalismo e publicidade se completam, ideologicamente jamais! rs

Essa turma portuguesa soube fazer bem a lição de casa. Desde a peça publicitária, até o produto final - o vídeo. No final todos saíram ganhando: o mendigo que mais que dobrou seu lucrou em um dia de 'trabalho' e os meninos que souberam utilizar da internet para mostrar ao mundo, e aos seus possíveis clientes, como a publicidade funciona - e como eles a fazem bem!



terça-feira, 17 de agosto de 2010

American Way Of Life

Mamãe é fogo! Está aprendendo que existe internet além do hotmail e do MSN e vive no Youtube agora. E em uma de suas desbravadas, ela achou a Roberta Sá interpretando ´Disseram que eu voltei americanizada`, da saudosa Carmem Miranda. Aí já viu, né?! Diz ela que vai ser minha música quando voltar do intercâmbio. Pobre mãezinha... Nem sabe o quanto no me gusta essa ideia! Afinal, se for pra mudar, que eu torne, grega, espanhol, irlandesa (pode ser ruiva também???)... Mas o que vale é a intenção, né não mamita? Orgulho dessa minha ´projeto de hacker` haha

Agora falando do vídeo, adorei! Mas também, né? Roberta Sá é voz de veludo. Só peca um cadinho de nada na presença de palco. Falta molejo, falta tomar o show pra si... Mas tudo bem, não precisa ver. Compra o cd ou baixa no 4Shared e escuta até gastar a placa de áudio! 


E por falar em intercâmbio... Tá chegaaaando! haha

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Meu Malvado Favorito

Ainda choramingando pelos cantos o fim das férias, a animação Meu Malvado Favorito foi a pedida para fechar os dias de (quase) descanço com chave de ouro. E fechou mesmo! A galera do ´desenho animado` está cada dia mais fera em criar boas histórias, personagens cativantes e agora com o 3D, estão explorando essa técnica de filmagem. Rendeu muitas risadas e valeu cada centavo do ingresso ( e por falar nisso, não vejo a hora do preço do ingresso 3D baixar. peloramor...). Nessa onda de 3D, esse é o único filme que vi que realmente faz jus ao uso da técnica: não peca pelo exagero, nem decepciona pela escassez ou mal uso.   

Gru é tenta ser um vilão de primeira, cheio de ódio no coração e com muitas vilanias rentáveis no currículo. Total desastre! O máximo que sujeito consegue é assustar criança. Dono de um sotaque engraçado (ninguém no cinema conseguiu definir a nacionalidade dele rsrs) e de pernas invejáveis de tão sequinhas, ele tem um cachorro medonho, um carro pontente e um senso de humor peculiar. Me identiquei! Tudo ia muito bem mal, obrigada, até ele se ver ´obrigado` a adotar três meninas, Margo, Edith e Agnes, para por em prática mais um de seus planos contra seu rival Vetor. O que o maléfico não esperava era que isso colocaria seu mundo de cabeça pra baixo: muita bagunça, brinquedos, brincadeiras, balé, escola... É, isso de ser pai dizem que cansa! Depois de tantas tentativas fracassadas de fazer a maior vilania do século, ele se rende ao amor das três pequeninas e forma-se uma família feliz e muito engraçada!

Quem assistir, ou que já viu, não terá outra alternativa a não ser a-m-a-r a Agnes, por sua esperteza, sua carinha de quero-apertar-e-não-soltar-mais e porque ela faz um barulhinho batendo na bochecha que é uma coisinha de tão gostosa! A Margo é um menininho de rosa, mas rolou com carinho! Principalmente que ela põe a culpa em alguém por uma travessura. Rolou um remember da minha infância! A Edith é uma nerdizinha, mas sem preconceitos! E a mãe do Gru sou eu daqui uns anos... aimeudeus O Vetor é aquele seu amigo, que no fundo você gosta, mas tem toda vergonha do mundo dele, sabe? Pois é...

E pra quem não é criança, ou não quer ir pro cinema só pra rir, vale observar toda a mensagem que ele passa (tô muito minha mãe hoje..): alguma coisa sobre amar, entregar-se aos bons sentimentos e a pureza contagiante das crianças. Mas eu acho que fui só pra rir mesmo! 

Apaixona ae e correeee pro cinema : )



domingo, 8 de agosto de 2010

Os Melhores Amigos de Uma Vida Inteira

Restinho de férias é sempre desesperador, né? Você quer fazer tudo o que queria ter feito durante o mês todo, mas preferiu ficar dormindo ou na internet. Agradecendo a Deus pela Semana Calórica, que dá aos futuros comunicólogos da Ufes mais uma semaninha, eu decidi que iria devorar alguns livros da minha irmã, já que levá-los comigo é inegociável! 

Um dos eleitos foi O Menino do Pijama Listrado, de John Boyne, que entra naquela categoria que eu já disse aqui: livro modinha eu gosto de ler quando ninguém mais se lembra e principalmente quando eu já me esqueci dos comentários sobre ele. E além de entrarem na mesma "categoria", ambos têm crianças como personagens centrais e me fizeram debulhar em lágrimas. Coração mole, sim senhor! rs 

De leitura fácil e poucas páginas, O Menino do Pijama Listrado me conquistou. Quem conhece as minhas preferências literárias sabe da minha quedinha e o quanto sou sensível à Segunda Guerra Mundial. Não posso ler sobre as campos de concentração e todo o horror da época que já me derreto. Acrescente a isso dois garotinhos fofos, sensíveis, sofrendo e com desejo imenso de descobrir a vida. Demais pra esse coração!

O livro é narrado a partir da visão de Bruno, filho de um pai importante, que ele não sabe em que trabalha; de uma mão a quem não se pode interromper enquanto fala; irmão da Gretel, que é mesmo um Caso Perdido, melhor amigo de uma vida inteira de Kark, Martin e David e proprietário de coisas que pertenciam a ele e não eram da conta de mais ninguém. De mudança com a família para um lugar sombrio que ele julga chamar Haja-Vista (na verdade Auchwitz), Bruno não se conforma em deixar para trás sua casa de cinco andares em Berlim, com muitos lugares para ser explorada, seus avós, e os amigos. Se conforma menos ainda em morar em um lugar sem crianças com quem brincar, cheios de soldados que entram e saem de sua casa como se fosse deles, e em que lhe proíbam de fazer o que mais gosta: explorar! E é exatamente num desses momentos de "exploração" que ele conhece Shmuel, que ao longo do tempo em Haja-Vista se torna seu mais novo melhor amigo de uma vida toda. Ele só não entendia porque uma cerca os separava e quem estava desse lado podia passar pra lá - ainda que ele não estivesse incluído nesse "quem", mas nunca, jamais, o contrário...

Bruno e Shmuel são adoráveis por serem tão reais. Aquele é cheio de vida, grita quando se acha injustiçado, aponta os erros do pai (ou o que ele acredita ser), entende que é trabalho das irmãs mais velhas perturbarem a paz dos menores, gosta de explorar o mundo e não tem receio de rever seus conceitos. Este já está calejado da vida, cheio de medos e inseguranças, conhece a maldade dos homens e as injustiças. Mas quando estão juntos não há pra onde correr: são apenas crianças. Ainda bem! 

Há quem reclame da superficialidade da história, que não foca nos horrores e atrocidades da guerra. Mas esse, pra mim, é outro ponto forte livro. Quem quer mais detalhes, mais veracidade ou mais "foco" na guerra, recomendo O Diário de Anne Frank. Não há como se decepcionar. Mas em O Menino do Pijama Listrado você terá apenas a visão de um garotinho que tem a vida toda mudada pela guerra e nem sabe bem o porquê. São os olhos de uma criança, enxergando a dor e a tristeza de outra.

Já fizeram uma adaptação para o cinema. Eu ainda não vi. Acho que preciso me preparar psicologicamente para mais uma torrente de lágrimas... 

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

El Secreto de Sua Ojos

Depois de escutar tantos elogios sobre filme O Segredo de Seus Olhos, não resisti e corri pro cinema. Meio amedrontada, é verdade, já que arrastei mamãe e minha irmã comigo, e queria que programa agradasse a todas. Saímos encantadas. 


A história é simples: Benjamin Esposito (Ricardo Darín), um oficial de Justiça aposentado, deseja ocupar o tempo livre que a aposentadoria lhe deu escrevendo um livro. Histórias entram e saem de sua cabeça, mas nada vinga. Até que percebe que o quer (ou precisa) é contar uma história trágica que investigou quando ainda oficial. O estupro de uma mulher casada o fez entrar em uma história que mudaria o curso de sua vida. Ao prometer ao viúvo que encontraria o agressor e assassino, Esposito e seu companheiro Sandoval (Guillermo Francella), deram início a uma caçada que não tinha apoio de seus superiores. Depois de muito tempo de busca, o assassino foi preso. Para logo depois ser solto, e não perdeu tempo para se vingar. Sandoval morre, Esposito foge e vai para longe da mulher que amava, a colega de trabalho Irene Menéndez (Soledad Villamil). Atormentando pela a morte do amigo e por nunca ter vivido a sua história de amor, ele retoma o passado para esclarecer dúvidas, apaziguar sentimentos e finalizar seu livro. Ficando, enfim, livre. 

Bom, se a história não é tão mirabolante, a forma escolhida para contá-la é. O diretor Juan José Campanella  trabalhou com cortes inesperados, ângulos inusitados e o passado e futuro se misturando todo o tempo para o telespectador, assim como na cabeça do próprio protagonista. 


Ao contrário do que os amigos implicantes acham, eu sou admiradora do cinema argentino pela paixão e pela sensibilidade que eles imprimem nos filmes. O que só pode resultar em belas obras. E O Segredo de Seus Olhos não foge a regra. Com atores de primeira, locações de encher os olhos, trilha sonora escolhida a dedo e uma direção primorosa, o filme ganha o público a cada segundo. Ganha, e faz faz refletir... Vida, felicidade, vingança, amizade e oportunidades são alguns dos temas trabalhados durante todo o filme. Mas sabe aquele "trabalhado" que joga tudo no seu colo e faz você levar toda "bagagem" pra casa pra pensar bastante a respeito? É assim mesmo!

Outro ponto fantástico do filme é o roteiro, que de tão bem escrito, fica grudado na cabeça e mesmo sem querer, quando já se viu, sabe-se as falas de cor. Sandoval, o bêbado bonachão e engambelador de trabalho, é dono das melhores falas (aquelas que a gente não esquece mesmo) e em sua tentativa de mostrar serviço e encontrar o assassino, ele filosofa: Pero hay una cosa que no se puede cambiar, Benjamin. No se puede cambiar de pasión! E quem até então era um estorvo cômico, se torna um sábio a quem delegam pouca atenção. Como tantos que a gente conhece nessa vida. E desde então eu me ponho a pensar, a gente não puede mismo cambiar de pasión? 

E ainda nessa linha reflexiva, eu jamais me esquecerei (pelo menos não quero esquecer) de um dos momentos finais, no qual o viúvo lembra a Benjamin que ele, anos antes, lhe dissera que o assassino de sua esposa seria condenado a prisão perpétua. Ao ver que o próprio viúvo capturara o homem e o mantinha refém em sua casa, Esposito se mostra confuso e incrédulo. Como resposta a sua reação, apenas escuta: "Vos  me dijiste perpetua...". E é assim mesmo: o que a gente fala, promete, oferece ao outros, tem sempre um peso muito grande e devemos nos preocupar como isso pode afetar a vida alheia. 

E convenhamos, refletir sobre essas coisas com Darín na tela é sempre melhor!

domingo, 1 de agosto de 2010

Colgando En Tus Manos

Já me chamaram de brega por gostar de novela mexicana, por gostar de música latina e porque meu sonho de 15 anos não era festa nem Disney, e sim o México... Nunca liguei! A latinidade está na veia mesmo. E continuo gostando dessas mesmas coisas e sonhando com o México cada dia mais. E ADORO quando descubro mais músicas boas, daquelas que eu canto embaixo do chuveiro, no ônibus e escuto no último volume. E no youtube isso é tão fácil! Uma música leva a outra... E foi assim, como quem não quer nada, que eu descobri esse dueto do Carlos Baute e da Marta Sanchez: Colgando En Tus Manos.

A música é daquelas que grudam na cabeça, de um jeito bom, sabe? E eu adorei a ideia do clipe: super anos 20, com música, com chofer e carro bacana! 

Vou compartilhar porque sou muuuuito legal ; )