sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Talento na ponta do lápis

Gustavo Barata é um querido, que consegue fazer do seu twitter um aglomerado de boas músicas, link's imperdíveis e devaneios hilários. E foi por lá que eu me apaixonei pelo Gervasio Troche (alguém me explica esse nome?!), um cartunista portenho, filhos de uruguaios, que foi viver na França, mas voltou e fixou residência em Montevidéu. Simples assim ¬¬'

Seus desenhos, feitos a lápis e borracha, são de um lirismo que quando a gente vê, a primeira coisa que consegue dizer é: óoooun... 

Que tirem suas próprias conclusões!




Em tempos de guerra...

Que o Rio de Janeiro está um caos, a gente já sabe. Desde a semana passada a barbarie se instalou na cidade e não está fácil pra ninguém, não... E quando eu digo ninguém, é ninguém mesmo. Nem pra traficante, que tem que correr pro complexo do Alemão par fugir do Bope (menos conhecido como Batalhão de Operações Especiais); nem pro Bope que tem que ocupar morro, apreender armas, drogas e dar entrevista pra jornalista que quer saber o dia em que eles vão invadir; nem para os jornalistas, que não pensam em nada mais inteligente e pertinente do que "o Sr. acha o que o Alemão vai ser tomado ainda hoje?"; nem para os cariocas que vivenciam o caos e muito menos pro resto do país que assiste a tudo estarrecido e sem grandes perspectivas da verdade. 

A sorte da chamada 'grande mídia' é que a maioria da população é tão carente de estudo e está tão preocupada em por pão na mesa que não se dá conta das atrocidades que são oferecidas no jornalismo. Tratar a situação do Rio como algo que simplesmente estourou, é não assumir anos e anos de negligência com a situação em que a cidade se encontrava. Não é de hoje que o Rio é violento, perigoso e que polícia e tráfico se enfrentam. O que mudou foi a intensidade com que isso aconteceu em um curto período de tempo. Eis que do nada, de acordo com a mídia, surge uma guerra civil... 

A falta de educação, saúde, um governo competente e honesto e a falta de perspectivas de futuro costumam ter consequências. E quem até então achava não ter nada a ver com isso, se vê engolido pelo medo, pela falta de segurança e rodeado pelo crime, que ao contrário da polícia, é organizado. 

Os poucos milhares que conseguem produzir conteúdo - na internet, geralmente - e não ser meros telespectadores, ainda não têm força o suficiente para incomodar a grande mídia e fazer como que ela distorça menos e aprofunde e questione mais. Mas eu disse ainda...  

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Se isso não é amor, é Casuarina!

Eu vivo a reclamar de Vitória e isso não é segredo pra ninguém. Mas tenho que reconhecer minhas falhas. E uma delas é prestigiar pouquíssimo o projeto "Agora às 7h" da Secretaria de Cultura do Estado, que traz artistas nacionalmente (re)conhecidos para dividir o palco com os daqui. E é gratuito, logo não tenho desculpas, a não ser a falta de vergonha na cara mesmo!

Mas dessa vez não deu pra faltar. Ainda que o dia estivesse corrido, que as horas fossem poucas pra tanta coisa pra fazer, mas Tabacarana (trio de samba-rock capixaba) e Casuarina (por quem já me derreti aqui ) - ou Tabacarina e Casuarana - não dava mesmo pra perder! Impossível de verdade, sabe?! Acho que não... rs

Primeiro a rapazeada do Tabacarana se apresentou daquele jeito: sucesso! Sou suspeita pra falar, porque gosto muito, mas ontem eles 'tavam que tavam'! Teve até música nova saída do forno: Numa Nice, que com mais duas vezes que eu e Alê (tabacaranetes desde sempre! rs) escutarmos, a gente grava! rs Ai, do nada, sem aviso prévio, o Juliano (vocal do Tabacarana) chama ao palco Casuarina. Assim... desse jeito! 

Eles fizeram uma música juntos (Swing de Campo Grande), João Cavalcanti me resolve dar uma sambadinha e meu coração não aguentou... rs Mas eu me contive por que o show era no teatro Carlos Gomes (show de samba sentado é foda, né?!) e a Alê ficou me regulando porque a acústica do teatro e blá blá blá... O que importa é que a Nath e a Bazet, minhas amigas casuarianas deeesde criancinhas, me acompanharam no desespero. rs Até porque, tiete como somos, ficamos na primeira fila. A gente suspirava (disfarçadamente...) e eles até percebiam! rs

Deixando minha tietagem, meu amor platônico e essa linhagem que me seduz, os shows foram incríveis! A tal acústica do teatro faz uma diferença... E você, que está sóbrio e sentadinho, presta mais atenção e acaba escutando aquele detalhe que jamais perceberia em um show maior. Casuarina sem bateria e tooda uma parafernalha, se apresentou de um jeitinho mais íntimo, fazendo composições de vozes e só no pandeiro, bandolim, cavaquinho, violão e tan tan. O show é menor do que eles costumam fazer, claro, mas tocou tudo que a gente mais quis ouvir: Disritmia, Minha Filosofia, É Isso Ai e por ai vai... E teve surpresinha também (que eu não sabia cantar "/ ). Até o tão aclamado 'bis' rolou com o Tabacarana e teve sambinha de novo! dessavezeugritei 

Mas o ápice da história mesmo (tirando Disritmia, que literalmente disritmou meu pobre coração) foi a gente tietando loucamente a banda toda! =) Abraços e carinhos e beijinhos sem ter fim... Com foto da galerê toda! Sinceramente?? Venham ser simpáticos assim aqui em casa! Nem ligo! rs


Casuarina fazendo a alegria da mulherada!