É, eu sei que faz quase um mês. Por favor, os poucos que passam por aqui, me perdoem!
As coisas me são passadas, ensinadas. E eu as absorvo. E as misturo. E acabo por confundir tudo.
Pensando um pouco na realidade, nas máquinas de verdade, no biopoder e tudo o que Foucault vem me ensinando nessas aulas de Comunicação Organizacional e interagindo com os filmes mela cueca que estou vendo ultimamente, resultou numa confusão maior ainda. E numa revolta absurda com esse mundo patriarcal e machista (aprendi Gabiiiii!!!) em que vivemos.
O filme em questão é Ele Não Está Tão Afim de Você. Se não viu, corra e veja, meu caro. Porque sinopsiar (vocês me entenderam!) é dificíl nesse caso.
Mas, quem foi o grande idealizador da teoria de que se ele te empurra no parquinho, te exclúi das brincadeiras e te chama de cocô de cachorro é porque ele te ama? E qual foi a máquina institucionalizadora (ufaa!!) de verdades que aprovou isso pra sua relação de verdades, as quais teríamos que engolir guela à baixo? Não há relação de sentido nisso.
Tanto não há, que quando você cresce e se apaixona, você quer essa pessoa por perto, você o inclúi na sua vida e o ama mais do que a seu cachorro (quanto mais as feses dele!). Aí entra outra verdade estabelecida. Porque o cara vai querer te mandar pra puta que pariu, sumir e não te ligar nem em situação de seca extrema. Chamamos isso de "fora". Mas outro gênio instituiu que sua super-hiper-mega amiga deveria ter fazer acreditar que ele não te quer porque não consegue lhe dar com seu sucesso, com sua popularidade ou porque você REALMENTE é boa demais pra ele, e ele percebeu isso a tempo. Não teria problema se a gente simplesmente acreditasse e bola pra frente. Mas não, a gente não faz assim.
Seguir sem mostrar pra ele que você não liga de ser super bem sucedida, mais popular e toda boa? No way, honey. Tem seeempre aquela insistidinha básica, enquanto ele tá com aquela fulaninha que, de acordo com sua mesma amiga, é muito menos do que você. Logo, está boa pra ele. Hã???
Fiquei mais confusa do que a Júlia, e isso é mesmo um problema sério! Mas que biopoder maldito! Parece me tão óbvio que isso não faz sentido.
Ainda bem que existem verdades que apesar de demorarem a aparecer, ou a nos ensinarem, nos abrem os olhos. E a gente resolve que não está bom assim, e muda! E vê que a grama do vizinho não é assim essas coca-colas todas! E que nossa realização não estava nisso que a gente tanto buscava.
Mas eu ainda odeio essa tal máquina de verdades que não tem nem coragem de dar as caras! Se a desmascararem, por favor, me digam!
'Se gostar, descasque essa idéia!
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