terça-feira, 14 de abril de 2009

Coisas de Foucault... Coisas de Hollywood...

É, eu sei que faz quase um mês. Por favor, os poucos que passam por aqui, me perdoem!

As coisas me são passadas, ensinadas. E eu as absorvo. E as misturo. E acabo por confundir tudo.
Pensando um pouco na realidade, nas máquinas de verdade, no biopoder e tudo o que Foucault vem me ensinando nessas aulas de Comunicação Organizacional e interagindo com os filmes mela cueca que estou vendo ultimamente, resultou numa confusão maior ainda. E numa revolta absurda com esse mundo patriarcal e machista (aprendi Gabiiiii!!!) em que vivemos.

O filme em questão é Ele Não Está Tão Afim de Você. Se não viu, corra e veja, meu caro. Porque sinopsiar (vocês me entenderam!) é dificíl nesse caso.

Mas, quem foi o grande idealizador da teoria de que se ele te empurra no parquinho, te exclúi das brincadeiras e te chama de cocô de cachorro é porque ele te ama? E qual foi a máquina institucionalizadora (ufaa!!) de verdades que aprovou isso pra sua relação de verdades, as quais teríamos que engolir guela à baixo? Não há relação de sentido nisso.

Tanto não há, que quando você cresce e se apaixona, você quer essa pessoa por perto, você o inclúi na sua vida e o ama mais do que a seu cachorro (quanto mais as feses dele!). Aí entra outra verdade estabelecida. Porque o cara vai querer te mandar pra puta que pariu, sumir e não te ligar nem em situação de seca extrema. Chamamos isso de "fora". Mas outro gênio instituiu que sua super-hiper-mega amiga deveria ter fazer acreditar que ele não te quer porque não consegue lhe dar com seu sucesso, com sua popularidade ou porque você REALMENTE é boa demais pra ele, e ele percebeu isso a tempo. Não teria problema se a gente simplesmente acreditasse e bola pra frente. Mas não, a gente não faz assim.

Seguir sem mostrar pra ele que você não liga de ser super bem sucedida, mais popular e toda boa? No way, honey. Tem seeempre aquela insistidinha básica, enquanto ele tá com aquela fulaninha que, de acordo com sua mesma amiga, é muito menos do que você. Logo, está boa pra ele. Hã???

Fiquei mais confusa do que a Júlia, e isso é mesmo um problema sério! Mas que biopoder maldito! Parece me tão óbvio que isso não faz sentido.

Ainda bem que existem verdades que apesar de demorarem a aparecer, ou a nos ensinarem, nos abrem os olhos. E a gente resolve que não está bom assim, e muda! E vê que a grama do vizinho não é assim essas coca-colas todas! E que nossa realização não estava nisso que a gente tanto buscava.

Mas eu ainda odeio essa tal máquina de verdades que não tem nem coragem de dar as caras! Se a desmascararem, por favor, me digam!



'Se gostar, descasque essa idéia!

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