domingo, 13 de julho de 2008

O Violinista

Eitaaa minha gente que eu já tô que tô na "Baêêêaaa"!! E que belezuuura! As coisas boas voltaram a ser como antes! =D

E hoje a gente vai de cinema! O mexicano O Violinista, do diretor Francisco Vargas Quevedo (até então um mero desconhecido pra mim... rs) é de uma sensibilidade ímpar. A história não é das mais emocionantes. Simples assim: Don Plutarco (Don Ángel Tavira) é um agricultor que tem o filho metido com a guerrilha rural, contra o governo militar. Depois de ter invadido seu povoado, e ter sua esposa levada pelos militares, o filho de Plutarco, Genaro (Gerardo Taracena), se embrenha no mato com a guerrilha e deixa aos cuidados do pai, o filho Lúcio. Temendo pela vida do filho e dos demais guerrilheiros, Plutarco resolve voltar ao povoado para pegar as armas que lá ficara, e tentar resgatar a nora. Para chegar lá, empenha sua roça de milho - seu sustento - em troca de uma mula. Mas o objetivo não é alçcançado, já que o Capitão (Dagoberto Gama) - um apaixonado por música, que não sabe executá-la - o faz tocar para ele todos os dias, mas não o deixa passar dalí e apreende seu violino. A relação se estreita, e a permissão para seguir até o roçado é concedida; então Plutarco leva a cada dia um pouco da munição que encontra. Quando descoberto pelos militares, vê seu filho ser morto, é executado e deixao pequeno Lúcio para ganhar a vida sozinho.

A intenção era ser o mais documental possível, por isso foi rodado em preto e branco, e com uma câmera de mão mesmo. A época em que se passa? Jamais será revelada, se depender de Quevedo. Tudo porque "a indeterminação de tempo e espaço é um recurso que usou para que o espectador não possa se esquivar do filme", diz o diretor e roteirista. Em todo o elenco só há quatro atores profissionais e Tavira não tem mesmo uma das mãos e ainda sim ensina música calentana em uma escola. O filme foi recebido com entusiasmo nos Festivais de San Sebastián e de Cannes, onde Tavira foi eleito melhor ator na seção Um Certo Olhar.

Ufaa! xD

É incrível como em todo o filme Tavira muda sua expressão facial apenas uma vez - ao ver que o filho estava nas mãos dos militares arregala os olhos que parecem até saltar das pálpebras. Mas, mais incrível ainda é forma como podemos distinguir o que ele sente em cada momento. Como o brilho do olhar muda, e fala tudo o que precisa ser dito. Trouxe-me lembranças. Saudades da pele enrrugada, da memória embaraçada, do toc-toc da bengala pela casa, da cantoria da viola, da saudades que ele sentia da minha avó e dos olhos lacrimejando - e eu já não sabia mais distinguir se eram lágrimas ou consequência de problemas de vista. Deu saudades do meu avô que se foi e deixou um aperto tão grande. Porque ele era assim: de pouca fala, de muito pensar e de uma grandeza que já não cabia nele e nem em mim...

Se vale mesmo a pena ver? Ora, se não! E eu agradeço ao Vitovisk por ter me feito esse bem tão grande! rs



'Se gostar, descasque essa idéia!

4 comentários:

Vitor Taveira disse...

e você ainda tem a cara de pau de dizer que eu te abandonei...
ótimo texto.. publica no soy loco por ti depois!
pq ele sim foi abandonado... e por voce rsrs
bjos! aproveite a bahia

D. Martins disse...

Juro, que ler sobre o filme me estigou de tal forma... mas.. vc falando do seu avô me deixou com nó na garganta...sentimento bonito por demais, ai, ai.. =)

bejO!
e eu vou assistir esse filme, pq já falaram muito bem dele! ^^

Darshany L. disse...

idéia descascada x)

D. Martins disse...

Só pra constar, faça o favor de voltar logo de viagem, pq quero noticias da terrinha que sou apaixonado! Pôoo e quero causos do que aconteceu... já que eu só vou conseguir ir sentir o mar de aguas quente só Deus sabe quando!

bejO negura! =)

PS: Tô com saudade de te infernizar..hahahaha