sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Diploma, ou sem diploma? Eis a questão!

Então gente, hoje, o post será mais uma reflexão do que uma revolta (mas eu SEI, que invariavelmente parecerá com a segunda opção!)

Recebemos na universidade, essa semana, alguns panfletos da FENAJ sobre a tão discutida questão da regulamentação da profissão. Jornalistas, se alarmem! rs O Recurso Extraordinário (RE) 511961, que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), se aprovado, vai desregulamentar a profissão de jornalista. Resumindo: Para ser jornalista basta saber escrever! Qualquer um que o queira, será! Curso superior? Jamais, meu bem! Jamais! Em protesto, um levante nacional está sendo feito. Jornalista de todo o país estão questionando, debatendo, protestando e tentando concientizar as pessoas de tal absurdo.

Pode até não parecer, mas o é! Sim, eu entendo quem pensa que nada mais justo que um médico escreva sobre medicina, um advogado escreva sobre qualquer situação jurídica, ou um teólogo escreva sobre religião. É, mas existem técnicas, abordagens e toda uma questão ética que o jornalista é, ou pelo menos deveria ser, preparado para pôr em prática. Não basta só escrever.

A verdade, é que no Brasil o jornalismo não é encarado com devida seriedade. Tanto por parte do governo, da sociedade e dos profissionais. Falam-se absurdos, aceita-se qualquer coisa e fica por isso mesmo. Um exemplo simples? Se um médico tem um procedimento mal sucedido em uma cirurgia, que deixa o paciente com sequelas e comprova-se a sua culpa, ele é processado, podento até ter a lincença caçada. Quem errou, a ponto de afetar a vida de outra pessoa, pagou. Simples assim. A 14 anos atrás, um professor da Escola Base, em São Paulo, foi acusado, por uma aluna de cinco anos, de assédio sexual. A mídia deu tanto foco ao assunto, que pais tiraram seus filhos da escola, o professor foi demitido, polícia entrava e saía do lugar, repórteres na porta da escola, da casa dos proprietários. Rsultado? Uma família falida, sem dignidade alguma, com o psicológico abalado, assim como a saúde, que viu amigos e familiares se afastando. Sofreram injúrias da sociedade, foram vítimas de preconceito. E a mídia explorou com gosto esse prato cheio. Só que dez anos depois, no final do inquérito, comprovou-se que nunca jamais, houve qualquer abuso sexual. Era apenas fantasia das crianças, e das mães que se deixaram levar. E nada aconteceu. Jornalista ou jornal algum foi processado. Quem arcou com esse gasto foi governo. E mesmo assim, que dinheiro paga a dor e sofrimento, a vergonha e a dignidade deles? Um médico aleja um indivíduo e sofre as consequências, a mídia acaba com uma vida e continua linda e poderosa por aí!

Se jornalistas, que estudaram tanto para levar ao público conteúdo conseguem fazer essas pérolas imgagine quem nunca o fez? Claro que teremos grandes descobertas, mas outras que repetirão essa mesma bizarrice. E a história de que só os bons se destacaram, oras!!! Poupem-me! Bom mesmo que os jornalistas façam furdunzo, levantem a própria bandeira e arregacem as mangas! Que se unam ao menos agora! E façam esses quatros anos valerem a pena! Oh, se não!

Mas, se nada der certo... Eu viro esposa! =)

5 comentários:

D. Martins disse...

nega! eu assino embaixo tudo que tu disse aqui! PROTESTO e muito. Olha a area de comunicação é taxada de qualquer um faz, basta saber falar e pronto, se acham donos da razão.

O mesmo acontece com os publicitários! Qualquer zé graça pode achar que sair desenhando ou escrevendo é tal! ahhh e a consequencia disso!?

Então vou pedir pro meu sobrinho me fazer uma cirurgia na cabeça, vai dar na mesma!

APOIO a regulamentação da profissão! ^^

bêjO! Muito bom!

Andréia Lino disse...

Oh balaio Bom de visitar...cá estou novamente... \o/

devorando textos!

bjos!

Marcela disse...

Jornalista pra mim sempre foi e sempre será a pessoa que cursou a faculdade de jornalismo ora bolas. Já não basta os fofoqueiros que se dizem repórteres, jornalistas, agora essa...

Texto ótimo!

Anônimo disse...

cara to de queixo :O assino em baixo várias vezes se preciso, tudo que você disse.
aonde esse país vai parar, nossa vai ser uma bagunça e o pouco valor que se tem pela profissão vai acabar, vai virar, Brasil .-.
assim não dá, eu espero que isso não de certo, espero de coração :)

Ferrugem. disse...

Olha só.
Estou arrasada. Não sou jornalista, mas enfim sou formada em comunicação com habilitação em Rádio e TV e sei que meu curso é um dos que aos poucos novamente não será mais regulamentado.

Adoro jornalismo e adoro escrever. E penso inclusive em fazer faculdade de jornalismo, talvez ano que vem ainda.

Enfim, assino embaixo de tudo o que escreveu. E espero que essa palhaçada não se concretize!