domingo, 1 de junho de 2008

Y tu mamá también!

Existem coisas que não mudam. Um grande exemplo são os filmes adolescentes: sempre recheados de garotos (as) sedentos por sexo - e se ainda não o são, serão. Existe gente que sabe inovar - amém! Um belíssimo exemplo é o filme Y Tu Mamá También, do mexicano Afonso Cuarón.


Dois jovens (Julio (Gael Garcia Bernal) e Tenoch (Diego Luna)), que enxergam farra - e sexo, claro! - em tudo o que a vida oferece, têm a companhia de Luisa (Maribel Verdú) para colocarem o pé na estrada durante as férias. Eles vão para curtir enquanto as namoradas estão na Itália; ela, para fugir da rotina e das brigas conjugais. No final, tudo vira um grade aprendizado. Cada um com suas lições...

Filmado todo do ponto de vista dos garotos, tudo é na verdade um ritual de passagem: vida adulta, aqui vou eu! E essa foi mesmo a grande sacada do Afonso: apresentar-nos a visão dos rapazes. Que na verdade, é tão confusa quanto a do espectador. Oras, um filme que é feito para adolescentes não pode ser bem resolvido, convenhamos! Mas se também querer cativar os adultos, o que fazer? Simples - ou não: ser real. Despertar nos mais velhos a nostalgia de uma época da qual foram atores e hoje apenas observam seus filhos atuarem.

É um incessante falar de tudo e falar nada; mostrar tudo e a nada deixar ver. São tantos assuntos abordados: sexo, juventude, amizade e globalização, que o aprofundamento era impossível. Mas a perfeita superficialidade é de cair o queixo. Escolheram bem. Poucos são tão latinos e intensos como os mexicanos. Retratar essa juventude é deixar cada jovem se identificar com a trama em algum ponto. E como as locações são encantadoras. Praias de águas transparentes, areia branca e fina, céu azul e brisa fresca.

Mas o filme vai além. Histórias que deflagram a fugacidade de nossa existência, fatalidades repentinas, a condição miserável de grande parte do povo, o êxodo em busca de novas oportunidades de emprego, o rolo compressor da indústria do turismo contemporâneo, a natureza sórdida de fatos políticos são apresentados à todos (personagens e público) de uma forma inesperada. Com ambições também sociais - afinal, filme latino que se preze… rs -, ele quer que o público reflita. Seja sobre a passagem para a vida adulta, da qual não podemos fugir, ou sobre as relações inter-pessoais e a quantas anda essa sociedade latina de um conservadorismo inovador - sim, a sociedade latina é mesmo contraditória; ou talvez ainda sobre como nossas menores atitudes podem ter efeitos decisivos sobre a nossa vida e a alheia.

Mas, pessoalmente, a maior reflexão fica por conta das palavras da personagem da sempre grande Maribel Verdú: Não há maior prazer, do que dar prazer…


'Se gostar, descasque essa idéia!

3 comentários:

Darshany L. disse...

Anotado já para assistir!
Nossa Mari, adorei essa sua resenha. Ficou perfeita!


Gostei também do post abaixo, sobre cigarro. Até chorei, porque meu pai infartou recentemente por causa disso. E me dá um aperto no coração quando vejo amigos próximos indo pro mesmo caminho.

Enfim, beijos queridona ;**

D. Martins disse...

Negura! Sem coisa boa por demais aqui nesse balaío, heim?

Anotado viu? Vou assistir pra gente 'discutir'..rs

bejO!

Thiago Anselmo disse...

to ligado q o filme é muito pornográfico, pois quando vc baixou o filme aki em casa vc num dexo eu ver!!

ééééééh!!!



ahh

vamos atualizar esse blog ai minina!!