Existem coisas que não mudam. Um grande exemplo são os filmes adolescentes: sempre recheados de garotos (as) sedentos por sexo - e se ainda não o são, serão. Existe gente que sabe inovar - amém! Um belíssimo exemplo é o filme Y Tu Mamá También, do mexicano Afonso Cuarón.
Dois jovens (Julio (Gael Garcia Bernal) e Tenoch (Diego Luna)), que enxergam farra - e sexo, claro! - em tudo o que a vida oferece, têm a companhia de Luisa (Maribel Verdú) para colocarem o pé na estrada durante as férias. Eles vão para curtir enquanto as namoradas estão na Itália; ela, para fugir da rotina e das brigas conjugais. No final, tudo vira um grade aprendizado. Cada um com suas lições...
Filmado todo do ponto de vista dos garotos, tudo é na verdade um ritual de passagem: vida adulta, aqui vou eu! E essa foi mesmo a grande sacada do Afonso: apresentar-nos a visão dos rapazes. Que na verdade, é tão confusa quanto a do espectador. Oras, um filme que é feito para adolescentes não pode ser bem resolvido, convenhamos! Mas se também querer cativar os adultos, o que fazer? Simples - ou não: ser real. Despertar nos mais velhos a nostalgia de uma época da qual foram atores e hoje apenas observam seus filhos atuarem.
É um incessante falar de tudo e falar nada; mostrar tudo e a nada deixar ver. São tantos assuntos abordados: sexo, juventude, amizade e globalização, que o aprofundamento era impossível. Mas a perfeita superficialidade é de cair o queixo. Escolheram bem. Poucos são tão latinos e intensos como os mexicanos. Retratar essa juventude é deixar cada jovem se identificar com a trama em algum ponto. E como as locações são encantadoras. Praias de águas transparentes, areia branca e fina, céu azul e brisa fresca.
Mas o filme vai além. Histórias que deflagram a fugacidade de nossa existência, fatalidades repentinas, a condição miserável de grande parte do povo, o êxodo em busca de novas oportunidades de emprego, o rolo compressor da indústria do turismo contemporâneo, a natureza sórdida de fatos políticos são apresentados à todos (personagens e público) de uma forma inesperada. Com ambições também sociais - afinal, filme latino que se preze… rs -, ele quer que o público reflita. Seja sobre a passagem para a vida adulta, da qual não podemos fugir, ou sobre as relações inter-pessoais e a quantas anda essa sociedade latina de um conservadorismo inovador - sim, a sociedade latina é mesmo contraditória; ou talvez ainda sobre como nossas menores atitudes podem ter efeitos decisivos sobre a nossa vida e a alheia.
Mas, pessoalmente, a maior reflexão fica por conta das palavras da personagem da sempre grande Maribel Verdú: Não há maior prazer, do que dar prazer…
'Se gostar, descasque essa idéia!
3 comentários:
Anotado já para assistir!
Nossa Mari, adorei essa sua resenha. Ficou perfeita!
Gostei também do post abaixo, sobre cigarro. Até chorei, porque meu pai infartou recentemente por causa disso. E me dá um aperto no coração quando vejo amigos próximos indo pro mesmo caminho.
Enfim, beijos queridona ;**
Negura! Sem coisa boa por demais aqui nesse balaío, heim?
Anotado viu? Vou assistir pra gente 'discutir'..rs
bejO!
to ligado q o filme é muito pornográfico, pois quando vc baixou o filme aki em casa vc num dexo eu ver!!
ééééééh!!!
ahh
vamos atualizar esse blog ai minina!!
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